Lançada em 2007, a revista RuMoRes chega em sua 33ª edição com mudanças gráficas e editoriais. Agora, o periódico tradicionalmente editado pelo MidiAto, grupo de pesquisa da Escola de Comunicações e Artes e do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais, terá como tema os estudos da crítica de mídia. No editorial que circula no seu mais recente número, o novo passo da revista é descrito como uma mudança ocorrida para contemplar “a ampla diversidade de respostas a respeito das naturezas da crítica de mídia, dos lugares onde ela se encontra, dos sujeitos que a praticam, das perspectivas teóricas que a orientam, de suas implicações e compromissos”.
Há pelo menos uma década esse percurso em direção à crítica midiática tem guiado as investigações e atividades do grupo que edita a RuMoRes. O editorial e as modificações também são assinados pela a Rede Metracrítica de Pesquisa em Cultura Midiática, que conta com diferentes grupos, ligados a instituições diversas – Mídia e Narrativa (PUC Minas), Quintais: cultura da mídia, arte e política (UFOP), Sociedade mediatizada: processos, tecnologia e linguagem (PUC Campinas), Representações, Mediações e Humor na Cultura Audiovisual (UAM), Checar – Checagem, Educação, Comunicação, Algoritmos e Regulação (Umesp).
A professora Rosana de Lima Soares, líder do MidiAto, lembra que os estudos da crítica de mídia têm se mostrado cada vez mais necessários ao campo da comunicação, que passou por diversas mudanças desde a primeira edição do periódico, em 2007. “Os estudos da crítica de mídia são cada vez mais necessários ao campo da comunicação. Eles vêm ganhando relevância porque pesquisadores e pesquisadoras estão sempre atentos a questões de grande complexidade, como as naturezas da crítica de mídia, dos lugares onde ela se encontra, dos sujeitos que a praticam, das perspectivas teóricas que a orientam, de suas implicações e compromissos”, pontua.
A revista passa, assim, a contemplar artigos situados em diferentes instâncias, descritas no editorial e em sua plataforma de submissões: I) Crítica de produtos difundidos nas diferentes mídias; II) Análise de críticas publicadas ou veiculadas na própria mídia; III) Análise de críticas que circulam de forma dispersa pela sociedade; IV) Análise de críticas de mídia realizadas por acadêmicos e V) Estudos teóricos sobre crítica de mídia. Essas temáticas e seus desdobramentos serão acolhidas nas contribuições enviadas pelos pesquisadores e pesquisadoras que tenham interesse em dar publicidade às suas reflexões na revista RuMoRes.
“A ideia é receber artigos dedicados a trabalhar com a crítica relacionada com as mais diferentes expressões da cultura audiovisual e impressa, como ficção televisa, jornalismo, publicidade ou entretenimento, ou que tragam reflexões teóricas e metodológicas sobre crítica de cultura midiática”, esclarece Rosana. Com as mudanças, o periódico passa a ser, simultaneamente, específico e plural, movendo-se em interrogações pertinentes ao campo. “Entendemos que as mudanças reafirmam nosso papel como revista científica. Essa nova proposta nos permite seguir trilhando novos caminhos e propondo formas originais e inventivas de realizar a divulgação científica”, finaliza a professora.
Nova edição traz dossiê com 12 artigos
Para marcar a mudança, a revista RuMoRes traz, em sua 33ª edição, um dossiê intitulado “Modalidades da crítica midiática em tempos críticos”. São 12 artigos assinados por pesquisadores e pesquisadoras da Rede Metracrítica de Pesquisa em Cultura Midiática, além de uma entrevista com o jornalista e crítico de mídia Maurício Stycer.
Os estudos empreendidos por autores e autoras de diversas instituições e áreas de inserção, que se reúnem em rede para o enfrentamento do lugar e do papel da crítica de mídia, representam, segundo o editorial, “uma amostragem relevante, pertinente e consistente” da grande temática agora anunciada como eixo central da publicação.
Confira a seguir os artigos publicados na 33ª edição da RuMoRes:
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