José Augusto Lobato fala da experiência de alteridade pela mídia

O doutorando do PPGCOM e pesquisador do MidiAto José Augusto Lobato apresentou, no VIII Encontro de Pesquisadores em Comunicação e Cultura, o trabalho “A vivência de alteridade na narrativa televisiva: imagem, experiência e representação nos discursos jornalísticos e de ficção seriada”. Com o tema Mídia e Alteridade, o encontro foi organizado na Universidade de Sorocaba, nos dias 7 e 8 de outubro, em parceria com docentes do PPGCOM-USP.

Partindo de referenciais das ciências da linguagem e dos estudos culturais e sobre imagem, o trabalho propõe a noção de narrativa de alteridade para repensar o estatuto da experiência do Outro por meio das representações midiáticas, com ênfase nos gêneros jornalístico e de ficção seriada.

São examinados alguns procedimentos comuns a esses formatos, como a produção de efeitos de real, o uso da singularização e a referencialidade como estratégia de autenticação da narrativa, cruzando-os à discussão sobre as posturas no contato com o Outro e a demarcação de fronteiras identitárias pela linguagem.

O trabalho e os anais do evento serão disponibilizados no site da Uniso.

No Intercom Sudeste, José Augusto Lobato discute alteridade na TV

O doutorando do PPGCOM-USP e pesquisador do MidiAto José Augusto Lobato apresentou trabalho no 19º Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste (Intercom Sudeste), organizado pela Universidade de Vila Velha, no Espírito Santo, em maio.

Intitulado “As narrativas de alteridade no telespaço público: sobre imagens, representações sociais e a fixação do outro na TV brasileira”, o artigo faz parte de uma pesquisa que busca mapear os procedimentos de construção da alteridade no telejornalismo e na ficção seriada, com foco em grandes reportagens e telenovelas.

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Com base em noções como as de representação social (Moscovici), imagem técnica (Flusser), videosfera (Debray), telerrealidade (Sodré) e telespaço público (Bucci), o artigo propõe o conceito de narrativa de alteridade como caminho para estudar os enunciados televisivos que tratam de outros países ou mesmo de biomas exóticos do Brasil. Para isso, são discutidas aplicações práticas e procedimentos comuns do jornalismo e da ficção para abordar tais universos – como os jogos de oposição, o uso da função testemunhal e a estereotipia.

O trabalho foi apresentado na divisão temática Comunicação Audiovisual. Para acessá-lo trabalho, clique aqui.

José Augusto Lobato participa da SLAS Conference, em Londres

O pesquisador do MidiAto e doutorando do PPGCOM-USP José Augusto Mendes Lobato apresentou trabalho na 50ª Conferência Anual da SLAS (Society for Latin American Studies), realizada em Londres no último mês de abril. O grupo, fundado na década de 1960, é vinculado à Universidade de Londres (Birkbeck) e reúne pesquisadores de diversos campos do conhecimento focados no estudo das práticas culturais, sociais e políticas nos países latino-americanos.

O trabalho, intitulado “Imagens evenemenciais: a fotografia como mediação e reconfiguração da experiência urbana”, compôs a programação do painel “Histórias fotográficas da América Latina” e aborda o conceito de imagem evenemencial – aplicando-o à análise de uma série de imagens produzidas por pesquisadores da área de comunicação na cidade de Belém (PA), em 2013. O resumo indica o objetivo do autor de discutir “o ato fotográfico e sua capacidade de não apenas indiciar como, também, produzir e mediar a experiência humana em espaços urbanos latino-americanos”.

O texto completo pode ser baixado (em inglês) no site do evento.

 

Veículos jornalísticos usam a censura como forma de promoção

[Publicações do MidiAto]

Ivan Paganotti, pesquisador do Midiato, apresentou trabalho no último Comunicon (Congresso Internacional Comunicação e Consumo), promovido pela ESPM de São Paulo em outubro.

Site do "Estadão" traz especial sobre a censura no jornal
Site do ‘Estado’ traz especial sobre a censura no jornal

O trabalho Promoção pela proibição: valor da censura como marca de distinção na publicidade de veículos e produtos midiáticos” — veja apresentação do artigo aqui — debate casos recentes de autoproclamada censura de O Estado de S. Paulo e da revista Caras, avaliando como a proibição desses veículos pode ser usada na sua própria promoção.

“Além do pacto de confiança concedido pelos leitores em resposta à qualidade, os próprios meios de comunicação buscam forjar uma imagem de críticos incômodos e representantes do interesse público ao ostentar, de modo inusitado, as marcas de processos judiciais. A prova de sua credibilidade, assim, partiria do atestado negativo da censura: se a publicação foi calada, é porque incomodava, não se submetia e era independente”, diz o pesquisador.

A partir dessa hipótese, Paganotti esboça uma redefinição de sentidos pela qual passa o imaginário sobre a censura e sua valorização fetichista como marca de distinção na promoção da imagem de produtos midiáticos.

Referências:

PAGANOTTI, Ivan. “Promoção pela proibição: valor da censura como marca de distinção na publicidade de veículos e produtos midiáticos”. In: Congresso Internacional Comunicação e Consumo. Outubro de 2013.

Trabalho estuda resgate histórico no Globo Repórter

[Publicações do MidiAto]

O pesquisador do MidiAto José Augusto Lobato apresentou, no 9º Encontro Nacional de História da Mídia, realizado em Ouro Preto (MG) no primeiro semestre deste ano, o trabalho “Memória, alteridade e a escrita da história no telejornalismo  brasileiro: o caso do Globo Repórter”.

Reprodução de TVO artigo analisa o programa de grande reportagem da Rede Globo, para observar de que modo suas narrativas resgatam aspectos históricos sobre universos exóticos apresentados. A análise se concentra no episódio “Ribeirinhos da Amazônia”, exibido em 2010, que apresenta o cotidiano de moradores de uma região de floresta de várzea no estado do Amazonas.

As conclusões ressaltam que, ao investir na documentação cotidiana e na estratégia de verossimilhança, o programa promove resgates esparsos e pouco aprofundados do percurso histórico do outro – o que influencia a experiência mediada de contato com a alteridade pelo telespectador.

Referências:

LOBATO, José Augusto Mendes. “Memória, alteridade e a escrita da história no telejornalismo brasileiro: o caso do Globo Repórter”. In: 9º Encontro Nacional de História da Mídia. Maio de 2013.

Pesquisador do MidiAto fala sobre representações do exótico na TV

[Publicações do MidiAto]

José Augusto Lobato, doutorando do PPGCOM-USP e membro do MidiAto, apresentou o trabalho “A construção da alteridade na TV: estratégias e procedimentos de enunciação do  outro no telejornalismo e na ficção” no Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, realizado na Universidade Federal do Amazonas, em setembro de 2013.

O texto propõe uma reflexão teórica sobre as narrativas de alteridade que compõem programas jornalísticos e obras de ficção da TV aberta brasileira. Para isso, são analisadas algumas noções da comunicação informativa – como as de objetividade, atualidade e referencialidade – e as funções e estruturas do texto da telenovela.

Ao fim, são indicados pontos de convergência entre as formas com que esses gêneros constroem representações do outro, com destaque para os jogos de oposição, a produção de efeitos de real e o trabalho com personagens fronteiriças – responsáveis por orientar o processo de tradução pelo telespectador.

Referências:

LOBATO, José Augusto Mendes. “A construção da alteridade na TV: estratégias e procedimentos de enunciação do  outro no telejornalismo e na ficção”. In: XXXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Setembro de 2013.

Acesse o artigo aqui.